Joseney Tikuna: mestrando imerso em sua língua e cultura

Nasci há 33 anos na Terra Indígena Tikuna Feijoal e passei minha infância em Filadélfia. Essas comunidades estão localizadas na região do Alto Solimões, no extremo oeste do Amazonas. Sou do clã da metade Com Penas, e me chamam de Meyaecü, que significa ‘Aquele que tem o cabelo lindo’. Ingressei no Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas do Museu Nacional/UFRJ, o PROFLLIND, no segundo semestre de 2018. E isso é bem importante para mim, porque existe uma forte identidade dos Tikuna com a sua própria língua. A título de curiosidade, Feijoal é Dautchitape’e, que significa ‘Ponta de Terra Firme’ e Filadélfia é Ũtchigüne: ‘Aquela [comunidade] que vai progredindo’. Vou contar para vocês um pouco sobre a minha trajetória e cultura.

 

Joseney Tikuna

Primeiros dias no Museu Nacional

Posso dizer que o meu primeiro dia no Museu foi inesquecível, porque ele foi feliz e desafiador. Após viajar muitas horas durante a noite, eu não via a hora de chegar ao Rio de Janeiro para poder descansar. Fomos recebidos no aeroporto Santos Dumont pela coordenadora do curso, a professora Marília Facó. Após um lanche, no próprio aeroporto, ela nos levou direto para a sala de aula no Museu Nacional. Apesar de estar bem exausto, me empenhei ao máximo para prestar atenção às aulas, porque eu queria muito estar ali.

Nessa chegada, estavam juntos dois parentes do Alto Solimões: Erudes Felipe Castro e Eronilde de Souza Fermin. A professora Marília reservou para a gente uma moradia provisória e uma ajuda de custo de R$ 600 na época, para a alimentação e os deslocamentos. Aí ficamos por três dias, antes de passarmos a ficar no alojamento em São Cristóvão. Como o mestrado é profissional, a CAPES e o CNPq não viabilizam a bolsa de mestrado que alguns outros estudantes em cursos acadêmicos recebem.

No Museu, o contato com os outros estudantes é de muito aprendizado, numa grande troca de ideias e conhecimentos, onde nos complementamos uns aos outros. Isso me ajuda a ter uma visão mais ampla sobre o mundo indígena de outras etnias e também sobre o mundo ocidental. No início do primeiro módulo, a língua portuguesa ainda era uma barreira para mim, e, no dia a dia, isso foi melhorando. No início, senti uma certa dificuldade em acompanhar os conteúdos das aulas também. Sobre os professores, particularmente, percebi que eles já conhecem os comportamentos dos indígenas e conseguem receber todos muito bem – pelo menos, a maior parte deles.

Os clãs Com Penas e os clãs Sem Penas

Na etnia Tikuna, tradicionalmente, existe uma divisão em dois grandes grupos: o grupo dos clãs Com Penas e o grupo dos clãs Sem Penas. Eu faço parte do grupo dos clãs Com Penas. É uma regra muito essencial para que a gente não tenha relacionamentos sentimentais com pessoas do mesmo grupo de clãs. Precisamos nos relacionar somente com um clã do grupo oposto ao nosso, para constituir uma família.

A maioria dos parentes Tikuna sabe que o clã é patrilinear, isso significa que é o clã do pai que é passado para os seus filhos e filhas. Por isso que sou Meyaecü, devido ao fato de o meu pai ser do clã Ngunü (Mutum).  O clã de homem – o pai de família – é determinante no registro de clãs e nomes em língua Tikuna, é o clã patrilinear que vai dizer qual clã e nome indígena que os seus filhos vão receber, dando a entender que o clã de uma mãe Tikuna apenas vai receber o clã de homem Tikuna. Isso porque, na visão tradicional Tikuna, como mostram os trabalhos antropológicos sobre os Tikuna, a descendência clânica é patrilinear, filhos de mães Tikuna e de pais não-Tikuna, segundo a estrutura clânica, não seriam considerados Tikuna.

Segundo as narrativas dos nossos avós e anciãos sobre a constituição de identidade étnica e organização clânica do Magüta (povo pescado com vara por Yo’i), os nossos antepassados e a geração atual são constituídos e ordenados em grupos de clãs Com Pena e Sem Pena, como também são constituídos e organizados em subclãs de animais, árvores e insetos.

Os clãs
Os clãs representados por Teoli Araújo Tikuna, 2019.

Os relatos sobre clãs dizem que os Tikuna são agrupados em metades, que são conhecidas como grupo A e grupo B nos materiais e livros didáticos já divulgados. O termo metade nos dá a ideia de que os Tikuna podem se casar com outros Tikuna não aparentados ou com grau de parentesco distante, com um ou uma Tikuna que pertence a outro lado da divisão geográfica. Ou seja: do sul e/ou oeste da região da Tríplice Fronteira (Brasil, Peru e Colômbia), onde se encontram os parentes Tikuna que têm clãs diferentes e/ou igual, e onde se pratica também a exogamia entre as metades. Essa é uma prática que acontecia e ainda acontece bastante na realidade atual do povo Tikuna, pescado e organizado no igarapé do Tunetü, no Eware (Terra Sagrada), que se encontra dentro de Terras Indígenas Tikuna, na Região do Alto Solimões.

Para termos uma ideia melhor do termo metade na definição dos clãs Tikuna, conforme alguns relatos dos pesquisadores, é importante dizer que a base que fundamenta o dualismo Tikuna tem origem mítica. Segundo o mito da criação clânica, o Yo ́i, considerado pai dos Magüta, atua como criador dessa organização. O relato é de que Yo ́i e seu irmão gêmeo Ipi reuniram um grande número de pessoas novas pescadas no Tunetü, que seriam os antepassados dos Tikuna, então recém-criados. Essas se misturaram, por não possuírem distinção. Para resolver o impasse, Yo ́i as separou, colocando as pessoas que lhe pertenciam a leste e as que pertenciam a Ipi, a oeste. Então, ele ordenou que cozinhassem um jacarerana (‘ngi’ri’, em língua Tikuna) e disse que todos a provassem do caldo. Assim, cada um ficou sabendo qual o seu clã de pertencimento. E Yo ́i ordenou, então, aos membros dos dois grupos que sempre se casassem com um membro do grupo oposto.

Antigamente, no tempo dos nossos avós, eles não tinham o tempo de namoro que se tem hoje e se casavam para viverem juntos até a morte, e eu acho isso muito interessante, porque eram os pais deles que escolhiam o casal e dava mais certo do que vejo hoje. Não seria exatamente a expressão “namorar”, porque para os Tikuna não é bem assim, mas vou usá-la neste texto para buscar facilitar o entendimento. Essa mudança na tradição aconteceu porque os jovens de hoje têm informações que os nossos pais não tinham sobre os relacionamentos dos não-indígenas. Mas continua preservado o respeito à regra de não casar com as pessoas do mesmo grupo de clãs.

Tenho observado bastante o que mudou na tradição dos Tikuna com a chegada da energia elétrica às comunidades, porque com isso a programação da televisão entrou na casa de todos e, assim, nas formas das pessoas se relacionarem. E isso mudou ainda mais com o acesso à internet, e os contatos pelo WhatsApp e o Facebook.

Alguns antropólogos até chamam de “incesto” o casamento entre pessoas do mesmo clã, mesma metade de clãs. Mas, avaliando bem esse termo, percebo que é equivocado usá-lo. É difícil resumir em poucas palavras, mas se relacionar com o mesmo clã seria como, na cultura dos brancos, casar com a irmã ou o irmão, mas essa obediência a essa regra é mais do que isso na cultura da etnia Tikuna.

Rituais de 'Moça Nova'
Rituais de ‘Moça Nova’

Ainda há algumas celebrações com rituais tradicionais, mas não são mais como eles eram antes, tão importantes até a época de nossos avós. Entre as nossas principais festividades está a chamada festa da “Moça Nova”. Esse ritual é considerado sagrado, porque é quando uma menina começa a menstruar, passando de uma fase da vida para a outra. Em Tabatinga, bem na Tríplice Fronteira Amazônica, os rituais de “Moça Nova” continuam mais tradicionais, onde são convidados os parentes mais próximos da família da menina e as lideranças da região. Mas algumas pessoas que nem são tão próximas, quando ficam sabendo que terá o ritual, também vão sem serem convidadas mesmo. Isso é comum aqui nas nossas comunidades.

Nas comunidades maiores, atualmente essas festividades acontecem mais nos meses de março, abril e maio, principalmente em datas oficiais externas, periódicas, como o 19 de abril, por ser comemorado o Dia dos Povos Indígenas. Ainda com referência à atualidade, o ritual da “Moça Nova” dura uns três ou quatro dias no máximo, mas antes ele era realizado durante uma semana. Nesse ritual tem os cantos, a apresentação da “Moça Nova”, que fica num lugar construído para ela, as danças culturais, as bebidas típicas, a alimentação toda planejada por um tempo, e o artesanato feito pelas mulheres. A pintura corporal tem grafismos feitos com jenipapo, e, assim, são representados o grupo dos clãs Com Penas e dos clãs Sem Penas, tudo bem interessante.

Meu mestrado e o mergulho na língua Tikuna

Nós, Tikunas, temos uma identidade muito forte com a nossa língua, e ela é a língua indígena mais falada na região, porque somos o povo indígena mais numeroso da Amazônia Brasileira.  O mestrado está me dando oportunidades interessantes para conhecer mais os detalhes de tudo. Neste momento, nosso trabalho está voltado para estudar os Aspectos da Variação da Língua Tikuna em Feijoal, Região do Alto Solimões. A fase agora é de análise de dados, junto com a minha orientadora, a professora Marília Facó. Também estamos envolvendo nesse trabalho de pesquisa a cultura em si, as organizações de clãs, e a parte das narrativas de determinados anciãos de Feijoal, sendo essas narrativas patrimônio do povo Tikuna. Tive a oportunidade de entrevistar e registrar a narrativa, no trabalho de campo, de uma anciã de mais de 100 anos, a senhora Luíza André Agostinho, e isso foi bem interessante, porque eu me senti estranho diante da minha própria língua. Cheguei a ter dificuldades para entender algumas palavras que ela me falou. A língua Tikuna que ela fala é uma variedade linguística não totalmente coincidente com a minha. Essa diferença foi surpreendente para mim, que tive um momento de aprendizado muito grande com essa anciã.

Joseney em pesquisa de campo com a anciã de 100 anos, a senhora Luíza André Agostinho, e o neto dela Me’paweecü (‘Aquele que tem bico bonito’).

Apesar de toda a importância da nossa língua e dos rituais tradicionais, a chegada de padres e pastores, com as igrejas católicas, protestantes, evangélicas e variedades religiosas fundamentalistas, incentivou a diminuição da prática da língua Tikuna e dos rituais de “Moça Nova”. Quem estava ligado a essas religiões, era simplesmente proibido de participar dos rituais tradicionais. Fico impressionado com essa receptividade por parte de alguns Tikuna, que são manipulados e não conseguem perceber essa exploração, por mais que a gente tente abrir os seus olhos.

Dedicação aos estudos e ao trabalho desde sempre

Enquanto faço este relato, passam imagens na minha cabeça sobre a época da minha infância, onde as brincadeiras ficavam para as horas de intervalo na escola. Quando eu estava no Pré-escolar, pelo incrível que possa parecer, ainda tinha palmatória na sala de aula. Apesar disso, tenho boas lembranças da professora e dos colegas, e essa escola ficava perto de onde a gente morava, só uns 40 minutos de distância a pé. Nas séries iniciais, até os meus 12 anos, estudei na comunidade de Filadélfia, porque a minha mãe é dessa comunidade, e meu pai foi morar com a minha avó materna. Sempre fui muito dedicado aos estudos, ficava sentado na frente da sala para prestar mais atenção e participar, respeitando o professor, e lembro da gente cantando para aprender o alfabeto em português. Só fui aprender a escrever na língua Tikuna em sala de aula a partir do 5º ano. Nessa época, era uma escola simples, pequena e com a estrutura de madeira. Era o início da implantação do ensino nessa comunidade.

Tenho três irmãs e quatro irmãos, e eles foram estudar na cidade. E, como perdi a minha mãe biológica, Lindalva Bastos Gabino, em 2001, meu pai, Antônio André Gabino, decidiu sair da comunidade de Filadelfia e retornar com os filhos para a comunidade de Feijoal, que é a dele de origem. Então fui transferido de escola, onde estudei até terminar o Ensino Fundamental. Ao ingressar no Ensino Médio, fui convidado para ser aprendiz na Escola Estadual Indígena Cacique Manuel Florentino Me’cüracü (‘Me’cüracü’ significa ‘aquele que tem rabo bonito’). Sempre me interessei em ter experiência e ajudar, com minha boa vontade. Eu não sabia ainda que esse compromisso iria me atrapalhar um pouco nos estudos, ao mesmo tempo, que me ajudou como experiência profissional, porque eu trabalhava como auxiliar na secretaria da escola. Para você ter uma ideia das dificuldades da região, até hoje não tem secretário lá.

Em agosto de 2010, resolvi me dedicar intensamente à minha vida acadêmica, após concluir o Ensino Médio. Nessa época ainda não havia ações afirmativas nas universidades da região, então, eu concorri igualmente com os não-indígenas. Sempre fui muito empenhado, então fiquei em 17º lugar para ingressar na graduação em Administração no Instituto de Natureza e Cultura, um campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no município de Benjamin Constant. Fui um dos primeiros indígenas de Feijoal nesse curso e resolvi concluí-lo em quatro anos, muito focado nisso, deixando minha vida pessoal de lado. Eu fiz o impossível para me formar no tempo previsto pela universidade, mesmo sendo um indígena e passando por toda a adaptação em relação à língua e às exigências do curso.

Hoje, eu olho para esse momento de tanto empenho e sinto gratidão, felicidade, mas também sinto arrependimento por toda a pressão que eu coloquei em mim, porque tomei a decisão sem consultar os meus pais e colegas. Percebo hoje que seria importante ouvi-los também e pensar mais sobre isso. Como eu morava sozinho, eu sentia muita solidão, não saía da rotina de estudos, e tinha dificuldades ainda para me comunicar na língua portuguesa. Então, sofria discriminação pelos grupos de não indígenas, mas fui muito corajoso de continuar ali com a determinação de concluir. Fiquei entre 2010 e 2014 sem namorar ninguém, sem passear, somente estudando. Ficou tudo muito complicado, até por ser algo fora da minha cultura, tudo muito desafiador. Nesse campus, somente estudavam na época uns seis ou oito Tikunas em outros cursos. Atualmente, sei que tem mais estudantes da minha comunidade. Administração é um tipo de curso que estimula a competitividade e isso não é nada bom, porque eu terminei completamente esgotado, apesar de me sentir muito feliz por ter conseguido me formar dentro do tempo previsto.

Paralelamente ao meu mestrado no Museu Nacional/UFRJ, estou fazendo hoje uma nova graduação em Letras no mesmo Instituto da primeira graduação, porque senti a necessidade dessa base acadêmica para a redação da minha dissertação de mestrado. 

Primeiros trabalhos para as comunidades como profissional 

Mesmo antes de apresentar o meu TCC de Administração, eu recebi uma proposta para trabalhar na Coordenação Regional da Funai de Tabatinga, responsável por mais de 200 comunidades indígenas, de 15 municípios do Alto Solimões. Como eu gostava de desafios, aceitei essa proposta, mesmo estando sem condições emocionais e físicas por causa da exaustão com a graduação. A minha maior vontade naquele momento era pescar e ficar na roça, ficar no mato, ficar perto dos meus pais. Mas optei por trabalhar lá durante quase um ano, aprendendo na prática como é fazer licitações e outras atividades administrativas, acompanhando as diferentes entidades, fazendo visitas e participando de assembleias.

Reunião de lideranças indígenas
Reunião de lideranças indígenas

Foi nesse trabalho na Funai que fiquei sabendo da possibilidade de estudar no Museu Nacional, e isso foi aproximadamente em 2015, quando o professor Reinaldo Otaviano do Carmo (Mepawecü, ‘Aquele que tem bico bonito’, clã Ngunü, grupo dos Com Penas) pediu para eu ajudá-lo a fazer a inscrição dele. Infelizmente, ele faleceu e não concluiu. Em 2018, me lembrei dessa oportunidade, li o edital, vi que era possível eu participar, fiz a minha inscrição e fui aprovado. Fiquei muito feliz, porque é mais um desafio importante na minha vida. Todas essas experiências estão me ajudando a colaborar com os alunos do Ensino Médio e Superior, professores indígenas da Educação Básica, bem como prestar assessoria a instituições, o que é importante, tendo em vista o respeito aos caciques e às lideranças da minha região nas tomadas de decisão que impactam a comunidade inteira.

Projeções futuras

Tenho vários planos para o futuro. Estou neste mestrado pelo compromisso que tenho com a minha comunidade, podendo ajuda-la. Vou estudar ainda mais a língua Tikuna, porque o ensino dela precisa ser melhorado no Ensino Fundamental e Médio, principalmente contribuindo com a criação de material didático. Isso será importante para ajudar tanto os professores quanto os estudantes. Quero muito concluir o meu mestrado e ingressar no doutorado, porque tenho um projeto com meus colegas Tikuna, que já estão no doutorado, de buscar a oficialização da língua Tikuna no Alto Solimões. Ainda há uma falta de política linguística, de línguas, no município de Benjamin Constant e nos demais municípios do estado do Amazonas, no que tange à realidade Tikuna. Isso irá ajudar a diminuir a discriminação com a língua na região, isso sendo muito necessário, até porque a língua tem esse caráter importante e é uma forma de conservá-la, de mantê-la. Atualmente, eu faço parte do Conselho Geral da Tribo Tikuna (CGTT), que é uma organização importante, que contribuiu muito e marcou a história de luta do povo Tikuna, na demarcação de terras, cuidados com a saúde indígena, tudo junto com as lideranças e os caciques da comunidade desde a década de 1980. Atualmente, eu trabalho como secretário e contamos com parcerias importantes de outras instituições não-governamentais da Amazônia Brasileira, como por exemplo, com o apoio da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), ao lado de outras.

Fui perguntado sobre como é o momento do Natal nessa região, já que falei neste relato sobre as interferências das diferentes religiões, entre as quais católicas e protestantes, além do contato da televisão e das redes sociais. Nas comunidades mais distantes de Benjamin, sendo um dia de viagem, como é o caso da comunidade (aldeia) Campo Alegre, no município de São Paulo de Olivença, onde predomina a orientação religiosa protestante Batista há mais essas comemorações natalinas, e algumas pessoas viajam para lá. Nas comunidades em que tenho parentes, em Feijoal e Filadélfia, quase não tem essa prática, sendo o dia 25 de dezembro um dia como outro qualquer.

Vou ficando por aqui. O Museu Nacional é uma referência em nível nacional e internacional, com pesquisadores sempre presentes na nossa região, estudando e interagindo com as comunidades há décadas. Por isso, convido todos vocês a conhecerem também o Museu Magüta, genuinamente indígena, localizado no município de Benjamin Constant.

 

Moẽῖtchima!

(Tradução: Muitíssimo obrigado!)

 

Joseney Bastos Gabino

Estudante do Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas (PROFLLIND) do Museu Nacional/UFRJ.

 

 

 

 

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