PPGBot festeja seus 50 anos

As cinco décadas do nosso Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica), o PPGBot, foram comemoradas no final de 2022. Nesta matéria, apresentamos como foi esse encontro especial e aproveitamos para relembrar os destaques de sua história e relevância.

O encontro

A programação contou com dois momentos muito significativos e emocionantes: as palestras e as homenagens. A professora Vera Huszar apresentou “A História do PPGBot” e a professora Barbara de Sá Haiad, “O PPGBot Hoje”. Foram também convidados egressos do Programa, que falaram brevemente sobre suas trajetórias e carreiras. Participaram o professor Andre Luiz Gomes da Silva, da UFF e do Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior; a Carolina Domingues, da consultoria ambiental WSP Brasil; o Igor Kessous, pós-doutorando no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a professora Rosy Mary Isaias, da UFMG.

Homenagem à professora Vera Huszar
Homenagem à professora Vera Huszar

Foram homenageados dezesseis profissionais do passado e do presente, que fortaleceram o PPGBot por meio da reconhecida dedicação: Arline Sousa de Oliveira, Carlos Eduardo de Matos, Dorothy Sue Dunn, Elza Fromm Trinta, Emília Albina dos Santos, Heloisa Lima Carvalho, Jorge Fontella Pereira, Luci de Senna Valle, Luciana Sondermann, Lygia Dolores Fernandes, Maria Célia Pinheiro, Maria da Graça Sophia, Mariangela Menezes, Vânia Esteves, Vera Huszar, Yocie Valentin.

Professora Mariângela Menezes recebendo a homenagem
Conquistas do PPGBot

Atualmente, o PPGBot conta com 26 docentes, sendo 21 permanentes e 5 colaboradores. A maioria dos docentes é do Departamento de Botânica do Museu Nacional e os demais são da UFRJ, UFF, UFRRJ, UNIRIO e Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

“Essa equipe se dedica a cumprir a missão do PPGBot, que é formar profissionais dotados de espírito crítico-científico, empenhados no estudo das Ciências Biológicas e capazes de atuar na geração e transmissão de conhecimento acerca da biodiversidade brasileira. Além de formar profissionais sensíveis às questões sociais e políticas, desenvolvendo uma ampla percepção social e educativa”, destaca a coordenadora do PPGBot, Lúcia Helena Sampaio da Silva. E completa: “O nosso empenho em cumprir essa missão, torna o PPGBot um celeiro para a formação de profissionais em Botânica de alto nível, capazes de enfrentar os desafios científicos e sociais que o Brasil apresenta”.

Nesse caminho, até dezembro de 2022, foram defendidas 477 dissertações de mestrado e 125 teses de doutorado. A produção científica do programa também é um reflexo da atenção dada ao pleno desenvolvimento dos nossos profissionais. Para se ter uma ideia, entre 2019 e 2022, foram 187 publicações. “Na última avaliação quadrienal da Capes, o PPGBot alcançou a nota 5. É mais um motivo de orgulho para todos nós”, celebra a professora Lúcia Helena.

Pioneirismo e relevância

No Brasil, o Governo Federal formalizou a pós-graduação como um novo nível de educação, além do bacharelado, em 1965. A partir daí, houve o movimento para a implantação das pós-graduações, como temos atualmente. Então, o surgimento do mestrado no PPGBot, em 1972, reflete esse início, tanto que para a formação de profissionais em Botânica, surgiram os programas da UFRGS e da USP, em 1969 e 1973, respectivamente.

“O PPGBot é um dos programas pioneiros no Brasil e merece esse reconhecimento, pois além de formar muitos profissionais que hoje são docentes em outros programas de pós-graduação, os diversos campos de atuação dos profissionais egressos do programa demonstram a robustez da formação crítica que aqui recebem”, avalia a coordenadora do PPGBot, Lúcia Helena Sampaio da Silva. Ela informa que esses profissionais são habilitados, tanto na teoria como na prática, para refletir e promover o bem comum na realidade social na qual estiverem inseridos.

Mesa da comemoração de aniversário do PPGBot

Nossos egressos atuam principalmente como professores, tanto do ensino superior, como nos ensinos fundamental e médio, nas esferas pública e privada. São também pesquisadores em instituições de pesquisa, consultores, analistas ou educadores ambientais em empresas privadas, além de se tornarem doutorandos ou pós-doutorandos no próprio PPGBot e em outras instituições. O programa passou pelas transformações de suas linhas de pesquisa nas últimas décadas, como um reflexo da atualização de seus profissionais, sempre atentos aos rumos das pesquisas em Botânica.

“O PPGBot contribui para a evolução da Botânica no Brasil tanto na medida da sua importância histórica, como um importante polo na formação de profissionais e produção científica, além de manter linhas de pesquisa bastante diversificadas, atualizadas, sempre atento ao presente e ao futuro do país”, avalia a coordenadora Lúcia Helena.

Por que estudar no PPGBot 

A coordenadora Lúcia Helena ressalta que estudantes que chegam ao PPGBot se deparam com um programa rico, diverso, que conta com 45 disciplinas muito variadas. São oferecidas desde disciplinas fundamentais para todo profissional em Botânica, que abordam desde a nomenclatura Botânica, a estrutura, o desenvolvimento, a diversidade e a evolução das plantas e algas, e também disciplinas sobre Etnobotânica, Inventários Florísticos e Ilustração, por exemplo. “Além de mantermos atualmente sete linhas de pesquisa igualmente amplas e atuais. Essa diversidade de temas favorece uma formação bastante ampla dos profissionais, fomentando o convívio e a livre troca de ideias entre profissionais com origens variadas e em diferentes graus de formação”, qualifica a coordenadora do PPGBot, Lúcia Helena.

Além das atividades de ensino e pesquisa, o PPGBot mantém também o projeto de extensão Botânica no Museu, organizado e ministrado pelos estudantes e recém-egressos do programa. Ele é voltado para a educação popular, com o objetivo de divulgar o conhecimento gerado no Programa para graduandos de instituições de ensino superior, públicas e privadas.

O PPGBot também mantém em sua estrutura organizacional uma Comissão de Acompanhamento Discente ativa e preocupada com a manutenção das boas condições para o desenvolvimento pleno dos estudantes.

“Este diferencial é importante, principalmente no contexto árido para o desenvolvimento científico no qual vivemos. Os discentes no PPGBot são acolhidos, respeitados e encontram apoio na nossa equipe em suas dificuldades e demandas, ao longo do seu processo de formação acadêmica. Em um mundo onde os casos de ansiedade e depressão se tornaram epidêmicos, inclusive nos cenários das pós-graduações, existir essa preocupação e acompanhamento fazem muita diferença. Assim, o PPGBot após 50 anos de existência consegue combinar o rigor acadêmico no ensino, pesquisa e extensão com uma atmosfera amistosa, de respeito mútuo e franca cooperação entre todos e esse legado é inestimável”, avalia a professora Lúcia Helena Sampaio da Silva.

 

Professora Lúcia Helena e o MN/UFRJ

Aproveitamos o contato com a professora Lúcia Helena Sampaio da Silva para saber um pouco mais sobre sua ligação com o nosso Museu Nacional/UFRJ: “Eu cheguei ao Museu Nacional em 1986, ainda como estudante de graduação.  Depois, fiz o mestrado no PPGBot, aqui no Museu, e fiz o doutorado na Ecologia da UFRJ, sempre com Ficologia, ou seja, algas”, informa. Quando criança, ela costumava passear na Quinta e visitar o Museu com a família.

 

Saiba mais:

Visite o site do PPGBot.

 

 

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