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Thereza Baumann e sua luz especial na Museologia do Museu Nacional

A museóloga e historiadora Thereza Baumann tem sua vida estreitamente ligada à nossa instituição e ao trabalho com os indígenas, protegendo a demarcação de terras. Entre 1969 e 2019 esteve no Museu Nacional/UFRJ. Inicialmente, como estagiária, logo foi incorporada ao Setor de Etnologia do Departamento de Antropologia, coordenado pela professora Maria Heloisa Fenelón Costa. Em 1998, assumiu a chefia da Seção de Museologia (SEMU). Anos depois, durante as gestões de Sergio Alex Kugland e Cláudia Rodrigues, ocupou o cargo de Assessora de Direção do Museu Nacional/UFRJ e o de Coordenadora de Projetos Especiais de Museologia. Ela recebeu o Harpia em sua casa para nos contar suas principais lembranças.

Harpia – Thereza, imagino que você tenha vivido muitas histórias especiais no Museu. Qual foi o primeiro momento mais significativo, quando você já estava à frente das exposições?

Thereza Baumann – Foi na inauguração da exposição do Egito, a primeira grande exposição que participei à frente da Seção de Museologia. Lembro de todo o entusiasmo e a dedicação da equipe envolvida para cuidar de cada detalhe, desde a concepção até a execução e a limpeza do acervo, que revelava a beleza das peças, em especial a pintura dos sarcófagos. Cada dia era uma surpresa. Na noite anterior à inauguração, já estávamos exaustos quando, por volta das 23h, finalmente foi concluída a montagem do sárcofago da Sha-Amun-en-su, e iluminada a “Cantora de Amon”. Fora colocada uma luz que vinha por baixo de um espelho, passando pelo suporte de acrílico. E esse foi um momento indescritível para a equipe. Ficamos em êxtase, porque pareceu o renascimento da Sha-Amun-en-su. Devo muito a ajuda de todos os envolvidos. Contamos com dois arquitetos e designers voluntários: o Dr. Jorge Hue e o Gláucio Campelo. Este último continuaria trabalhando comigo até as últimas exposições em 2019. E a designer Regina Barreto foi responsável pelos suportes de acrílico. O professor Luiz Fernando Dias Duarte era o diretor e tinha conseguido uma verba para a revitalização dessa exposição. Ele acompanhou de perto com esse perfil mais universalista de valorizar tanto a cultura quanto a parte científica e antropológica. Foi ele que me convidou para assumir a chefia da Museologia.

Regina Dantas, professor Luiz Fernando e Thereza Baumann na inauguração da exposição do Egito
Regina Dantas, professor Luiz Fernando e Thereza Baumann na inauguração da exposição do Egito. Acervo SEMEAR/MN/UFRJ
Harpia – E como foi para você ver o público chegando nessa inauguração?

Thereza Baumann – Eu quase chorei, porque foi um momento muito especial, de início da revitalização do Museu Nacional. Na verdade, tudo isso já obedecia a um plano de revitalização, onde o Paço de São Cristóvão abrigaria somente as exposições, ao passo que todos os Departamentos iriam para prédios que seriam construídos no Horto Botânico. Esse projeto coordenado pelo professor Luiz Fernando foi elaborado pelo Escritório Técnico do Museu e serve de base para o atual projeto de restauração da museologia.

Harpia – Gostaria que você contasse como é, estar agora, segurando esse livro do Safra sobre o Museu Nacional, que você coordenou e tem os destaques do acervo existente até 2018.

Thereza Baumann – Foi um trabalho muito interessante, porque conseguimos dar uma ideia sobre cada setor do Museu Nacional. Durante a gestão do diretor Sergio Alex, o Banco Safra entrou em contato com essa proposta e ele me deu a oportunidade de escolher, dentro das centenas de fotografias, quais delas estariam nesse livro. Foi um trabalho de construção que me alegra, porque, agora, temos esses registros com o que considerávamos os principais destaques e, embora não incluída no livro a totalidade das imagens feitas, possuímos um arquivo fotográfico que informa sobre parte do acervo que foi perdido no incêndio. Lamento que algumas peças não puderam ser incluídas por falta de acesso para fotografá-las, por questões diversas. Cada departamento ficou responsável por apresentar seu texto, sendo que eu e a Maria Paula van Bienne, a arquiteta do Museu, redigimos a introdução.

Harpia – O que mais te fascinava entre as peças e as exposições nessa época?

Thereza Baumann – Cada uma tinha seu encanto e sua especificidade, então estávamos caminhando para revitalizar sala por sala. Logo após a exposição do Egito, trabalhamos com o acervo arqueológico pré-colombiano. Contamos com o apoio da Fundação Vitae, que nos propiciou recursos não só para renovar a exposição, mas para a higienização e o acondicionamento de cerca mil tecidos incluídos nesse acervo. Renovamos, também, o corredor da exposição Greco-Romana, constituída pela bela coleção doada pela Imperatriz Teresa Cristina, e, inclusive, conseguimos fazer uma restauração dos Afrescos de Pompeia. Como tenho o título de doutora, a Seção do Museologia teve autonomia para enviar projetos para o CNPq e para a Caixa Econômica, conseguindo verbas para revitalizar, em 2013, as exposições de Etnologia Indígena, Invertebrados e Entomologia, cujas montagens foram muito apreciadas. Nesse mesmo ano, eu já estava aposentada, mas trabalhava junto à Direção como Assessora e como Coordenadora de Projetos Especiais na Museologia. A professora Tânia Andrade Lima, da Arqueologia, pediu então para realizarmos um projeto de exposição para a Arqueologia Brasileira e, embora o projeto tenha sido aprovado pelo CNPq, só recebemos metade dos recursos, em consequência de mudanças políticas no governo. Em 2018, já estávamos com todo o acervo escolhido e higienizado e com as estantes montadas, só faltando colocar os vidros nas vitrines. Infelizmente, a sala não chegou a ser concluída. O incêndio chegou antes. Foi uma grande frustração para mim, porque eu acalentava um desejo antigo de ver a sala renovada.

Harpia – Na sua opinião, qual é a importância das exposições itinerantes para o Museu Nacional/UFRJ?

Thereza Baumann – Elas foram importantíssimas para levar o Museu Nacional para diferentes regiões: da Amazônia ao Sul do país. Uma delas, a exposição “Tesouros do Museu Nacional”, apresentava a história do Museu e suas perspectivas, permitindo que o público tivesse acesso ao valioso acervo de história natural e antropologia. Era muito interessante perceber a surpresa das pessoas com aquele tesouro do saber, como uma arca em que se revelavam as memórias da história, dos povos, das plantas, dos animais e até dos meteoritos, que vieram de fora da Terra. Além disso, dávamos palestras, contando a história do Paço de São Cristóvão na Quinta da Boa Vista. Um tesouro maior do que uma peça de ouro ou pedras preciosas.

Bastidores da montagem da exposição "Santo Antônio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara". Foto: Thais Mayumi/SEMU/MN/UFRJ
Bastidores da montagem da exposição “Santo Antônio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara”. Foto: Thais Mayumi/SEMU/MN/UFRJ
Harpia – Qual outro trabalho você destaca?

Thereza Baumann – Outro trabalho muito importante foi a exposição no Edifício Gustavo Capanema, no antigo MEC, montada, em 2003, por ocasião de um encontro interministerial. Ele foi realizado graças à iniciativa e aos recursos propiciados do professor Carlos Alberto Xavier, do Ministério da Educação. Isso foi durante a gestão do professor Sergio Alex. O objetivo foi reunir os diversos ministérios que podiam ter interesse em participar do trabalho de revitalização do Museu Nacional/UFRJ: o Ministério da Educação, o Ministério da Cultura, o Ministério do Meio Ambiente, e, principalmente, o Ministério de Ciência e Tecnologia. Depois disso, recebemos os então ministros Fernando Haddad e Gilberto Gil. E a lembrança que tenho é de toda a equipe trabalhando de forma apaixonada, e sempre foi assim. Foi muito gratificante para a Museologia.

Harpia – Você continuou trabalhando no Museu depois de aposentada. O que a motivou a continuar?

Thereza Baumann – Foi pela paixão e por reconhecer que o Museu Nacional, primeiro e mais antigo museu do Brasil, é importantíssimo para a história natural e a antropologia, principalmente com seus cientistas e seu rico acervo. Eu queria continuar a remontar as exposições e esperar de fato a grande mudança do Museu. Nesse momento, o professor Sergio Alex me colocou para coordenar o livro Museu Nacional, patrocinado pelo Banco Safra. Durante a gestão da professora Cláudia Rodrigues fui nomeada Coordenadora de Projetos Especiais para a Museologia.

Equipe do SEMU na inauguração da exposição permanente da Sala de Etnologia Indígena: Edina Martins, Luiz Gustavo Fernandes, Thereza Baumann, Sabrina Damasceno, Bruno Silva e Marilene Alves
Equipe do SEMU na inauguração da exposição permanente da Sala de Etnologia Indígena: Edina Martins, Luiz Gustavo Fernandes, Thereza Baumann, Sabrina Damasceno, Bruno Silva e Marilene Alves
Harpia – O que significa o Museu Nacional na sua vida?

Thereza Baumann – O Museu Nacional é toda a minha vida, e a reação ao incêndio foi muito forte. Eu não me lembro do que aconteceu naquela noite e somente sei pelos relatos dos meus filhos e da minha nora, mas eu fui internada e fiquei por volta de 24 horas em um processo de amnésia global temporária. Mas, na semana seguinte, eu voltei ao Museu Nacional, quando recebi um grupo de crianças para gravação de uma matéria no Fantástico. Em 2 de setembro de 2019, um ano após o incêndio, fui curadora da reinauguração da exposição “Santo Antônio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara”, anteriormente organizada   com a professora e arqueóloga Madu Gaspar e resultante do trabalho arqueológico durante a construção do Comperj, em Itaboraí.

Em setembro de 2019, abertura da exposição na Caixa Cultural. Foto: Diogo Vasconcellos

Essa reinauguração apresentada na Caixa Cultural foi importante para o Museu, pois simbolizava a retomada dos trabalhos da instituição. Apresentou um acervo que fora preservado do incêndio e, ainda, o material que havia sido recuperado no trabalho de resgate realizado pelos professores e técnicos do Museu. Ainda em setembro de 2019, graças ao empenho da deputada Soraya Santos, apresentamos em Brasília a exposição “O Museu Nacional Vive! Memórias e Perspectivas”, com a ajuda da Fernanda Guedes, jornalista do Museu e responsável pelo slogan “Museu Nacional Vive”, e da Fernanda Pires, da Museologia. Sou muito grata ao Alex Kellner pela confiança em me nomear curadora dessa exposição. De certa forma, foi um modo de resgatar a dignidade do Museu Nacional, porque a Primeira Constituinte da República foi assinada no pátio central do Paço de São Cristóvão, que, aliás, não foi queimado.

Sessão solene: Chico Alencar, Kellner, Benedita, Soraya Santos, Denise Pires de Carvalho, Thereza Baumann e Rubens Bueno. Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados
Sessão solene: Chico Alencar, Kellner, Benedita, Soraya Santos, Denise Pires de Carvalho, Thereza Baumann e Rubens Bueno. Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados

Tivemos espaço para falar em uma sessão solene na Câmara de Deputados: o Kellner, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho e eu. Vários deputados participaram do evento. A exposição foi montada  no corredor da galeria de acesso ao Plenário do Congresso Nacional.  Isso foi muito significativo na minha vida e essa oportunidade de alguma maneira me apaziguou: o reconhecimento da importância do Museu Nacional, o mais antigo e maior do Brasil, criado no bojo do processo civilizatório implantado por D. João VI.

Thereza apresentando réplica de Luzia em 3D feita com cinzas coletadas no Paço de São Cristóvão. Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados

Sou muito grata às diversas pessoas com quem convivi no Museu Nacional, e fica até difícil citá-las. Devo à professora Leda Dau a minha contratação como museóloga, ao Wagner Martins a ajuda cotidiana e ao professor e orientador do meu primeiro estágio Walter da Silva Curvello, que amava apaixonadamente o Museu, a transmissão dessa paixão para mim. Ele me cativou em uma aula que deu no Museu Histórico quando eu era aluna no curso de Museologia. E, a partir dos contatos com ele, decidi trabalhar com museus científicos. O Museu Nacional e o meu trabalho na Funai com os Potiguara, voltado para a demarcação de terras indígenas durante a ditadura, são muito importantes na minha vida profissional.

Harpia – Ao longo desses anos, você contribuiu com a formação de diversos museólogos que estão atuando em diferentes museus, inclusive a Thaís Mayumi no Museu Nacional. Como é isso para você?

Thereza Baumann – Contribuí com a formação de alguns museólogos. Não sei se vou ver o Museu Nacional completamente aberto ao público, mas ver a Thaís Mayumi na equipe que está pensando as futuras exposições me deixa muito feliz, porque é uma continuidade. Ela começou no Museu Nacional quando era estudante do Colégio Pedro II, e foi minha estagiária. Fez concurso, passou e tem muitos anos pela frente com um papel muito importante no Museu. Ela é muito inteligente, dedicada, séria, atuante e leal ao Museu. E conta com a ajuda da Fernanda Pires, muita ativa e entusiasmada. Elas terão a alegria de reinaugurar o Museu e me sinto muito gratificada por isso. No início da minha atuação, tivemos  o trabalho de revitalizar  as exposições do Museu após muitos anos das reformas ocorridas na década de 1950. Agora elas estão nesse projeto grande de coordenar essa verdadeira ressurreição. Devo destacar alguns estagiários e funcionários do Museu que me acompanharam durante a maior parte da minha atuação: Márcia Oliveira, Sabrina Damasceno, Marilene Alves, Edina Martins, Luiz Carlos Menezes e Carlos Alberto Moreira, entre outros.

Harpia – Quais foram os primeiros desafios na chefia?

Thereza Baumann – Em 1998, estávamos no início de um processo de revitalização das exposições. Confesso que fiquei receosa com o convite do professor Luiz Fernando, porque o meu trabalho era mais ligado ao Setor de Etnologia e à minha experiência na Funai. Expus a ele que eu não sabia se a minha experiência daria para chefiar a Museologia, mas ele, brincando, disse que me considerava uma pessoa com “bom senso, bom gosto e bom humor”. Assumi e me deparei com a falta de limpeza regular dos espaços e das vitrines, não havia um incentivo de fato para a participação dos professores nas exposições e não havia verba. Desde a grande reforma, as exposições estavam montadas há 20 anos. Mas fiz tudo de uma forma muito apaixonada sendo que, inicialmente, eu estava sozinha no Setor. Consegui, com a professora Márcia Couri, a minha primeira estagiária, a Márcia Oliveira, que hoje está em um museu no Ceará. Lembro que começamos a fazer a limpeza das vitrines pela Coleção do Pacífico.

Thereza com o público na abertura da exposição na Caixa Cultural em setembro de 2019. Foto: Diogo Vasconcellos
Thereza com o público na abertura da exposição na Caixa Cultural em setembro de 2019. Foto: Diogo Vasconcellos
Harpia – E como foi esse trabalho? 

Thereza Baumann – Foi muito importante porque eu comecei a descobrir como aquelas peças eram lindas ao limpá-las cuidadosamente com cotonetes de algodão. Achei uma máscara de madeira do Pacífico, toda pintada e linda. Pouco a pouco, foram chegando voluntários para me ajudar nesse processo de limpeza, alguns com habilidades manuais. As primeiras voluntárias foram duas professoras de escolas públicas de São Cristóvão: Ada e Gláucia. E o professor Luiz Fernando conseguiu estagiários em um convênio com o Curso de Museus. Então a Seção começou de fato a crescer e, em 1999, realizamos, juntos, uma primeira exposição temporária, que recebeu a visita da Rainha da Dinamarca. Com o auxílio dessa equipe e também de monitores da SAE, começamos a limpar as aves e os esqueletos expostos. O que mais fazíamos era limpar, limpar e limpar. Foi um verdadeiro trabalho de “faxina”. Em seguida, passamos a poder contar com um apoio da Petrobras para começar a revitalizar algumas exposições, como a do Egito, e, nessa época, chegamos a ter uma equipe completa na Oficina do Museu, com a mão-de-obra imprescindível para as suas exposições: marceneiro, serralheiro, estucador, pintor e vidraceiro. Atualmente não há mais concurso para essas funções. Ao longo desse tempo, o Laboratório de Restauração passou a ser também uma responsabilidade do Setor de Museologia, então tivemos trabalhos importantes sendo realizados. E recebemos recursos do Programa de Apoio aos Museus, da Fundação Vitae, nos ajudando nas exposições e também em reformas para o acondicionamento dos acervos dos departamentos.

Inauguração da exposição temporária “Gabinete Transnatural de Domenico Vandelli”. Da esquerda para a direita, Paulo Bernschina, curador da exposição e a equipe do SEMU: Marilene Alves, Edina Martins, Thereza Baumann, Luiz Gustavo Fernandes e Sabrina Damasceno.
Inauguração da exposição temporária “Gabinete Transnatural de Domenico Vandelli”. Da esquerda para a direita, Paulo Bernschina, curador da exposição, e a equipe do SEMU: Marilene Alves, Edina Martins, Thereza Baumann, Luiz Gustavo Fernandes e Sabrina Damasceno.
Harpia – A previsão é que o Museu Nacional seja reaberto para a sociedade em 2026. Quando você visitá-lo, o que gostaria de encontrar?

Thereza Baumann – Mais do que o Museu, com suas paredes reconstruídas e exposições renovadas, eu gostaria de encontrar um espírito de comunidade. Gostaria de sentir a vibração de todas as pessoas pensando o Museu Nacional de maneira uníssona. Certa vez, o Luiz Fernando ministrou uma palestra sobre o público e o privado.  Eu quero sentir, de certa maneira, o Museu como meu, mas não como um feudo em que ninguém possa entrar e eu fique fechada com as minhas peças. Quero sentir que é meu porque faço parte do Brasil, do Rio de Janeiro, da nossa História, sendo meu para eu compartilhar com os outros. É muito importante que todos se abram para a sociedade, trabalhando juntos, mostrando todas as faces do Brasil. Quando fui chefe da Museologia, tive a oportunidade de conviver com as equipes dos diferentes departamentos e setores e todas as suas aspirações. É importante ultrapassar o desejo individual e buscar um Museu Nacional que atue de forma coordenada e harmônica. Hoje o Museu Nacional ressurge de seus escombros e suponho que deva ser difícil, para quem está chegando agora, entender, sentir e trabalhar com essa dimensão. Penso, no entanto, que essas pessoas também vão ter esse sentimento que tenho hoje pelo Museu quando perceberem o quanto ficaram envolvidas e fizeram parte dessa reconstrução.

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