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PPGZoo completa 50 anos comemorando suas conquistas

Nosso Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZoo) foi iniciado em 1972, e os integrantes acabam de se reunir para relembrar os momentos de destaque e debater temas da atualidade. Ele é um dos primeiros do Brasil, alcançando recentemente a marca de 1067 titulados, entre mestres e doutores.

O PPGZoo é marcado pela sua tradição e pela realização de pesquisas pioneiras, reconhecidas mundialmente. “Cabe destacar que, como as notas na avaliação da Capes regem a maior parte das dinâmicas das pós-graduações no país, o alcance da nota 6, antes de setembro de 2018, foi fundamental para este momento de reconstrução e também no enfrentamento das adversidades durante a pandemia de Covid-19”, avalia o coordenador do PPGZoo, o professor Marcelo Ribeiro de Britto.

Trata-se de um Programa amplo e com linhas de pesquisa diversificadas. Hoje, são 49 docentes e 111 estudantes com a matrícula ativa, sem contar os que ainda não defenderam suas dissertações e teses. A virada da pontuação de 5 para 6 ocorreu durante a coordenação da professora Cristiana Serejo. E, logo no início da reconstrução do Museu, o coordenador da época, professor Alexandre Pimenta, conversou com cada estudante para saber o que foi atingido e as necessidades específicas para contribuir da melhor forma.

Corpo social valorizado

A celebração dos 50 anos foi realizada durante dois dias e buscou valorizar os integrantes do Programa. Resumidamente, no primeiro dia houve uma cerimônia de abertura, contando com a participação da superintendente da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR2), professora Cláudia Araújo. Já o segundo dia foi marcado por palestras. A professora Márcia Couri, que foi duas vezes coordenadora do PPGZoo e é diretora-adjunta do Museu, apresentou um panorama sobre essas cinco décadas, desde os primórdios até as conquistas recentes. Em seguida, os egressos do Programa participaram de uma mesa-redonda com a mediação do professor Alexandre Pimenta. À tarde, o professor-visitante que atua por meio do Programa de Internacionalização da Capes, Luís Ceríaco, abordou seu trabalho com museus de história natural. Posteriormente, foi ministrada palestra sobre mulheres na ciência, seguida de debate. E foram reunidos e apresentados, no saguão da Biblioteca, painéis com pesquisas dos estudantes.

1972: quando tudo começou

Nos primeiros anos da década de 1970 foram iniciados os primeiros cursos de pós-graduação em Zoologia no Brasil. Em sua apresentação, a professora Marcia Couri pontuou que o PPGZoo foi iniciado com a coordenação do professor Alceu Lemos de Castro, que ficou na função de 1972 a 1979. Nessa época, contávamos com a Coordenação dos Cursos de Pós-Graduação em Biologia da UFRJ (COPOB). Havia uma comissão mista entre o Museu Nacional e o Instituto de Biologia (IB) para Zoologia, Genética, Botânica, Ecologia, tendo presidente e coordenadores de áreas. A COPOB foi extinta na década de 1980.

Na tarde de 19 de setembro de 1980, foi realizada a primeira reunião da Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Zoologia do Museu Nacional/UFRJ. Na pauta, estabelecer os critérios necessários para a reorganização do curso. Foram muitas conquistas, desde então, baseadas em sua missão: “a formação de mestres e doutores aptos a se tornarem profissionais qualificados para o exercício de atividades em pesquisa científica e magistério superior na área de Zoologia, bem como para serem elementos multiplicadores na formação de pessoal”.

A primeira dissertação de mestrado foi defendida em 15 de abril de 1975 por Vera Lucia Mota Klein, tendo como orientadora Anna Kohn. Desde então, foram formados 761 mestres pelo PPGZoo. Já em 1994, foi iniciado o doutorado com credenciamento no Conselho Federal de Educação. A primeira tese foi defendida por Darcílio Fernandes Baptista, em 1998, tendo a orientação de Jorge Nessimian. Até 2022, formamos 306 doutores. Nossas atividades se mantiveram ininterruptas, e já são 1067 titulados, conquistando a milésima em 2020. O Programa se propõe também a atividades de pós-doutorado.

Destaca-se que, entre as metas prioritárias do nosso Museu Nacional/UFRJ, está a atuação como centro de referência e excelência em questões ligadas à biodiversidade nacional, em especial visando interesses sociais e ambientais. Entre os pontos levantados na apresentação da professora Marcia Couri esteve também o reconhecimento mundial dos professores do PPGZoo: Adriano Kury, Alexander Kellner, José Pombal Júnior e Miguel Monné. Eles foram listados em 2020 como os top 2% de cientistas do mundo mais reconhecidos em 22 campos do conhecimento. Esse levantamento foi produzido pela revista norte-americana “Public Library of Science” (Plos).

Importância da internacionalização

A internacionalização é uma marca entre os programas com notas 6 e 7. “É valorizado o quanto o programa atende em termos da sua área de abrangência. Mas o que seria essa internacionalização? Mais do que publicar em revistas internacionais é se tornar uma referência e oferecer também a formação para estrangeiros que possam levar os conhecimentos adquiridos aqui para implementar nas suas regiões. Essa é uma das essências da importância da internacionalização”, resume o professor Marcelo Britto.

Ele chama a atenção para a importância da recente parceria com Portugal. A Agência de Fomento de Portugal oferecerá 50 bolsas de doutorado para programas em articulação com o Museu Nacional/UFRJ, ao longo de 5 anos. Os estudantes passarão parte do curso no Brasil e parte em Portugal, tendo um orientador em cada um dos países. Fruto do trabalho do professor Nuno Fernan de Almeida, foi realizado o Protocolo de Intenções entre a UFRJ, a PRISC (Infraestrutura Portuguesa de Coleções Científicas para a Investigação) e as Universidades de Lisboa, Coimbra e Porto. Esse Protocolo foi aprovado, por unanimidade, na 1213ª Sessão da Egrégia Congregação do Museu Nacional/UFRJ, em 5 de agosto de 2022, tendo seguido para os trâmites com a Reitoria da UFRJ e das instituições parceiras.

 

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