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Museu Nacional/UFRJ lança Política de Gerenciamento de Coleções

Lançamos, no dia 3 de junho, abrindo as comemorações de aniversário de 207 anos, a Política de Gerenciamento de Coleções do Museu Nacional/UFRJ. Trata-se de um instrumento essencial para garantir a integridade, a acessibilidade e a sustentabilidade das coleções, reforçando seu valor científico, educativo, histórico e cultural. Além de atender às necessidades institucionais específicas, o documento pretende ser uma contribuição do Museu para a reflexão e o fortalecimento das práticas de gestão de acervos nas instituições museológicas e científicas. O lançamento ocorreu na Biblioteca Central do Horto Botânico, com uma mesa composta por representantes da área e a presença do corpo social.

A abertura foi realizada pelo diretor do Museu Nacional/UFRJ, Alexander Kellner, e na mesa estavam: a diretora adjunta de Coleções, Cristiana Serejo, a diretora do SIMAP/UFRJ, Claudia Carvalho, a presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Fernanda Santana Rabello de Castro, e pelo diretor do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM Brasil), Diego Vaz Bevilacqua.

Em seu discurso, Kellner destacou estar convicto de que o documento será de grande relevância para outras instituições, no Brasil e no exterior, e reconheceu que, com o passar do tempo, a Política precisará ser aprimorada, buscando a garantia da salvaguarda das coleções para as futuras gerações.

A professora Cristiana Serejo, diretora adjunta de Coleções, liderou o desenvolvimento do conteúdo desde 2019 junto à Comissão de Coleções do Museu Nacional. Ela ressaltou a importância do documento e seu caráter coletivo: “Esse documento que agora apresentamos à sociedade é resultado de um percurso institucional profundo, coletivo e corajoso. Ele nasce do reconhecimento de que gerir coleções exige não só técnica e planejamento, mas acima de tudo resiliência, compromisso público e amor ao conhecimento, ao patrimônio e à missão científica e educativa do Museu Nacional”.

A presidente do Ibram, Fernanda Castro, enfatizou o papel crucial das políticas públicas e a importância da participação social. Em sua fala, ela destacou que “direitos não são privatizáveis” e que devem ser garantidos como políticas de Estado. Lembrou que uma política de coleções, conforme previsto no Estatuto de Museus, permite a realização de atividades técnicas fundamentais, como inventário, produção de conhecimento e ações educativas. Reforçou ainda que o objetivo é tornar esses acervos reconhecíveis e apropriáveis pela população: “Se tem uma coisa que o Museu Nacional faz é afetar, é chegar ao coração das pessoas”.

Professora Cristiana Serejo. Foto: Diogo Vasconcellos (MN/UFRJ)

Já o diretor do ICOM Brasil, Diego Vaz, avaliou que uma política institucional passa por três fases: primeiro, o convencimento do corpo da instituição de que é necessário ter uma política; depois, o esforço de reunir profissionais de áreas distintas, com vocabulários e práticas próprias, e construir consensos; por fim, a etapa mais desafiadora, que é colocar em prática aquilo que foi acordado no papel. De acordo com ele, esse processo é pedagógico porque permite que os profissionais aprendam uns com os outros, criando uma base comum de compreensão e atuação.

A professora Cláudia Carvalho, diretora do SIMAP/UFRJ, e Clarice Ribeiro, do Jardim Botânico, reforçaram a necessidade de políticas institucionais sólidas para garantir a preservação e a continuidade dos acervos.

Em um segundo momento da cerimônia, o diretor do Museu, Alexander Kellner e a presidente do Ibram, Fernanda Castro, assinaram uma parceria para a recomposição dos acervos do Museu Nacional, na qual serão mobilizados 30 museus do Sistema Brasileiro de Museus para realizarem doações e empréstimos de acervos.

Na abertura, a coordenadora de Desenvolvimento Institucional do Projeto Museu Nacional Vive, Patricia Hockensmith, apresentou um vídeo com o desenvolvimento da reconstrução do Museu, especialmente do Paço de São Cristóvão, que será a sede das exposições e suas atividades educativas. No final da cerimônia, os presentes participaram de um coquetel oferecido pela Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN), assim como a refrigeração do auditório.

Saiba mais

Acesse gratuitamente a Política de Gerenciamento de Coleções do Museu Nacional/UFRJ.

 

 

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