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Recompõe.Mineralogia é a nossa primeira exposição no interior do Museu desde 2018

Ao se aproximar do Museu Nacional/UFRJ, o público pode observar, a partir das portas centrais, um conjunto diverso com minerais resgatados e também adquiridos recentemente. Trata-se da exposição Recompõe.Mineralogia, que está com o nosso icônico meteorito Bendegó.

Visita à exposição no Museu Nacional/UFRJ. Foto: Felipe Cohen (Projeto Museu Nacional Vive)

“São peças de grande beleza e impacto visual para o público”, avalia a diretora-adjunta de Integração Museu e Sociedade do Museu Nacional/UFRJ, Juliana Sayão. Essa exposição tem a curadoria de Fabiano Richard Leite Faulstich, Ciro Alexandre Ávila, e Gisele Rhis Figueiredo. É um marco histórico apresentarmos pela primeira vez uma exposição no interior do Paço de São Cristóvão, desde setembro de 2018.

“Estamos oferecendo ao público uma satisfação sobre o andamento deste momento de reconstrução do Museu Nacional/UFRJ. Após exatos 4 anos, desde setembro de 2018, conseguimos ver a fachada principal do bloco histórico inteiramente restaurada, proporcionando uma beleza ímpar na paisagem da Quinta da Boa Vista. E a sala do Bendegó ainda não restaurada evidencia que ainda estamos em reconstrução. É muito emocionante para todos nós que fazemos o Museu Nacional chegarmos a esse ponto de reiniciar a interlocução com o público no nosso espaço, contando também com o Jardim Terraço revitalizado”, ressalta Juliana. Ela informa que as exposições e demais atividades culturais e educativas do evento gratuito #MuseuNacionalVive no Bicentenário são atrativos importantes desse retorno.

Destaques da exposição

Apresentamos três categorias de minerais: os de pequeno porte são de importância acadêmica e beleza incomparável, alguns sendo raros e retirados de minas que não existem mais. Juliana explica que os existentes estão com colecionadores ou nos museus, incluindo alguns que podem ser vistos também aqui no Museu Nacional/UFRJ.

A segunda categoria de minerais é composta pelos minerais resgatados. Fazem parte de coleções históricas como a Coleção Werner, que já estavam no Museu e que sofreram alterações por conta do incêndio de 2018. “Os minerais são formados por processos geológicos diversos, alguns resistem a altas temperaturas e outros não. A seleção de minerais mostrará exatamente isso: alguns exemplares não sofreram mudança alguma com o incêndio, enquanto outros perderam sua cor ou até se transformaram em outro mineral”, informa Gisele.

Acervo de peso: o mineral gipsita, o nosso icônico meteorito Bendegó, o mineral anidrita e o geodo de ametista. Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

Há ainda uma terceira categoria nessa exposição, composta pelos minerais de grande porte e extremamente pesados. Entre eles está um par de geodos de ametista, medindo 2,5m de altura, totalizando 1 tonelada. A anidrita pesa 330kg. Aliás, seu nome significa “sem água”, e faz um contraponto com a gipsita que tem água na sua estrutura. Essa gipsita pesa 700kg, sendo um sulfato hidratado de cálcio, que seu nome vem do grego gypsos, significando gesso. É a partir da extração dela que é obtido o gesso utilizado na construção civil e também na agricultura como fertilizante.

A partir das portas centrais minuciosamente restauradas, é possível contemplar a beleza e a importância do nosso acervo de mineralogia. No canto direito, a Capela Ametista que soma 1 tonelada. Foto: Felipe Cohen (Projeto Museu Nacional Vive)

Todas as peças em exposição são do acervo do Museu Nacional/UFRJ. A técnica Gisele Rhis explica que as amostras novas foram escolhidas com base na diversidade e beleza dos minerais. Algumas delas poderão ser vistas também on-line, na exposição virtual #R.Minerais e Galeria de Desejos do Museu Nacional, que estará disponível dentro de alguns dias no site da campanha de recomposição do acervo: #Recompõe. As novas amostras foram adquiridas com patrocínio da Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com exceção de uma, que foi doada pela empresa HL Gemas e Minerais, do Sul do país.

Através da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991  – mais conhecida como Lei Rouanet –  sancionada com o objetivo de fomentar a atividade cultural no Brasil, foi instituído o Programa Nacional de Incentivo à Cultura (Pronac) para captar e canalizar recursos para o setor. Foi possível realizar as exposições virtual e presencial e ainda adquirir o acervo mineral, já que a preservação do patrimônio cultural, histórico, arquitetônico, arqueológico, bibliotecas, museus e demais acervos são parte do escopo do Pronac. ”Por meio dessa iniciativa, o Museu Nacional/UFRJ vem conseguindo captar recursos para se manter atuante nas atividades de interface com o público e na recomposição de coleções, mesmo após o trágico incêndio. As exposições de mineralogia são um excelente exemplo de como essa parceria pode render frutos para a nossa instituição”, destaca Juliana Sayão.

O trabalho para o futuro consiste em continuar a história com amostras que possam ser expostas e conhecidas pelo público nas novas exposições do Museu Nacional/UFRJ. Os minerais dessa exposição representam uma pequena parte do que já foi incorporado à Coleção de Mineralogia por meio das valiosas parcerias concretizadas desde 2018.

Visite a exposição e convide seus familiares e amigos:

Recompõe.Mineralogia

De terça a domingo, até 06 de dezembro de 2022, das 9h às 16h, na entrada do Museu Nacional/UFRJ, na Quinta da Boa Vista. Visitas gratuitas.

 

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