Praia, floresta, filme, série… As possibilidades são inúmeras e nada como contar com boas indicações. Convidamos pessoas que estudam ou trabalham no Museu Nacional/UFRJ para passar opções para você aproveitar nos seus momentos de folga.
CARLA BARROS RECOMENDA: Série ‘Ruptura’
Minha dica é a série “Ruptura”, da Apple TV+. Ela retrata pessoas comuns que, por motivos desconhecidos, aceitam trabalhar em uma empresa que apresenta um conceito inovador: separar as vidas pessoais das profissionais de seus funcionários a partir da implantação de um chip em seus cérebros. Assim, quando estão na empresa, essas pessoas não fazem ideia de quem são do lado de fora, onde moram, com quem vivem. E quando estão fora do trabalho, por sua vez, não têm noção do tipo de tarefa que executam. Destacam-se a fotografia, elenco e a direção de Ben Stiller. “Ruptura” é uma série instigante que constrói uma visão distópica a partir do mundo corporativo. Sua abordagem nos faz questionar sobre quem somos efetivamente, especialmente a partir da comparação de como nos comportamos no trabalho e fora dele, evidenciando o quão opressor e angustiante pode ser o mundo empresarial.
FABIANO CASTRO RECOMENDA: Filme ‘Bacurau’
“Bacurau” é um faroeste brasileiro de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Apesar de se passar num mundo distópico, apresenta questões bastante problemáticas da realidade atual. Um filme que nos faz refletir sobre o quê uma cultura de opressão pode causar aos oprimidos, cultura essa pregada e imposta por uma mentalidade soberba e fantasiosa de superioridade racial e cultural. O filme nos mostra como um povo pacífico pode ser reativo contra quem lhes inflige o mal baseado em motivações rasas e preconceituosas. E ainda conta com o talento de grandes atores como Sonia Braga, Silvero Pereira, entre outros. “Quem nasce em Bacurau é o quê? É gente!”.
LUCIA ZANATTA BRITO RECOMENDA: Parque Nacional Floresta da Tijuca
O Setor Floresta do Parque Nacional Floresta da Tijuca é uma ótima opção de lazer gratuito no Rio de Janeiro. Nele, há diferentes opções de programas como trilhas, escaladas, ruínas históricas, observação de pássaros, áreas de piquenique e cachoeiras, que fazem com que seus visitantes se esqueçam que estão dentro de uma cidade tão movimentada quanto o Rio de Janeiro. Todas as trilhas são bem sinalizadas, além do Centro de Visitantes fornecer mapas explicativos da área. Uma boa dica é chegar cedo, pegar um desses mapas e fazer os circuitos de trilhas atrás das cachoeiras, como por exemplo a Cachoeira das Almas. Por todos os caminhos é possível contemplar uma vista ou uma parte da floresta diferente, sentir um cheiro ou uma sensação nova e ouvir sons da natureza que provocam uma imersão total na Floresta. A forma mais fácil de se acessar o Parque é pelo Alto da Boa Vista, onde os interessados podem chegar de ônibus ou carro na Praça Afonso Vizeu. O Parque funciona das 8h às 17h todos os dias.
SONIA REGINA CAMARGO RECOMENDA: Documentário ‘A Última Floresta’
Recomendo o documentário “A Última Floresta” apresentado na Netflix e também no YouTube. Filmado diretamente em uma das comunidades Yanomami, na qual o xamã Davi Kopenawa, responsável pelo livro “A Queda do Céu”, forte representante indigena diante de atrocidades políticas que insistem em desmembrar as leis que ainda protegem esse povo, também é um dos olhares deste longa-metragem documental, que traça uma experiência única ao espectador, e a câmera é simplesmente multifuncional em capturar situações nas quais dificilmente uma pessoa permitiria ser filmada sem sequer saber o que é cinema. Assim o espectador acompanha deslumbrado o dia a dia de caça, do ensino às crianças aos hábitos dos mais velhos, da chuva que insiste em cair, mas que não atinge os habitantes daquele espaço, tão bem construído, tão singelo diante da potência da natureza. O título relata a urgência no olhar do mundo para eles e tantos outros povos, abrindo uma janela de discussão sobre a tentativa de mais uma vez, parte da história pode ser apagada.
UIARA GOMES RECOMENDA: Praia do Recreio dos Bandeirantes
Com a chegada do verão um programa de lazer que recomendo é visitar uma das inúmeras praias da cidade. Durante o dia ou à noite as praias são garantia de diversão, contemplação da natureza e um bom refresco para os períodos mais quentes. Minha sugestão é a Praia do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. Nela se chega facilmente tanto de transporte público como de veículo próprio, já que conta com estacionamento público. Ela ainda possui orla com ciclovia onde se pode andar de bicicleta, patins ou skate, além de quiosques no calçadão e barracas na areia que garantem bons lanches e bebidas geladas o tempo todo. É comum ver a prática de esportes como vôlei de praia, futevôlei, frescobol e surfe. E as crianças também têm vez, numa grande faixa de areia para brincar. Enfim, um dos programas mais democráticos da cidade!