Você teve a oportunidade de participar de visita mediada às exposições do Museu Nacional/UFRJ? Até 2018, as equipes tradicionalmente passavam por uma formação de mediadores. Ela foi descontinuada e agora, tendo em vista a inauguração do centro de visitantes Estação Museu Nacional, ela volta a ser promovida pela nossa Seção de Assistência ao Ensino (SAE).
Os responsáveis por esta nova edição da formação foram os Técnicos em Assuntos Educacionais: Fabiana Nascimento, Fernanda Lima, Patrícia do Desterro e Pedro Rafael. Os participantes desta edição iniciaram a sua formação para receber as visitas escolares, especialmente, no espaço que será inaugurado em breve no Campus de Ensino e Pesquisa Museu Nacional.
Eles são extensionistas da graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), matriculados em diferentes cursos. Já concluíram a fase inicial dessa formação e, agora, estão passando por uma formação continuada. Toda terça-feira, eles participam de atividades, como novos encontros com os curadores das exposições e também com pesquisadores de temas relacionados, como os de educação museal. Recentemente, conversaram com os mediadores da já finalizada exposição física “Recompõe.Mineralogia”, que relataram as experiências com o público infantil. E acabam de visitar às obras do Paço de São Cristóvão para que eles conheçam ainda mais a instituição, seu panorama atual e perspectivas.
Cabe destacar que as visitas mediadas promovem a popularização da produção científica do nosso museu de história natural e antropologia, com suas especificidades. Cada visita é única, então essa formação busca contribuir para uma melhor experiência nos diálogos de integração e troca de conhecimentos entre o nosso museu científico e a comunidade escolar, além de proporcionar aos estudantes contato com os saberes desenvolvidos pela comunidade de pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ.
O que os servidores responsáveis por essa formação de mediadores levam dessa experiência?
Fabiana Nascimento, da equipe do novo centro de visitantes e da integrante da SAE:
“Assim que cheguei da licença-maternidade, logo quis fazer parte dessa equipe de formação de mediadores e também do centro de visitantes para retomar logo o contato com o público escolar, porque é um grande aprendizado a troca diária. E já nessa formação de mediadores, pelo contato com esses extensionistas, decidi retomar meus estudos e escolhi Artes Visuais, buscando consolidar minha formação e experiência prévia na educação infantil”.
Fernanda Lima, da equipe do novo centro de visitantes e vice-coordenadora da Coordenação de Extensão:
“É realmente muita responsabilidade, mas está sendo muito prazeroso orientá-los, e percebo que somos uma bússola para eles ao ampliar a experiência com a recomendação de leituras e estímulo de debates. Refletimos o tempo inteiro, juntos, sobre a nossa prática, sobre o que tem funcionado e o que não tem. É muito gratificante poder contribuir com essa fase da vida estudantil desses jovens. Me sinto muito honrada! Esses extensionistas estão tendo a oportunidade de conhecer a pluralidade do Museu com essa interdisciplinaridade toda das diversas áreas que se conectam, além de ter uma visão geral de educação museal e de práticas de acessibilidade. Desejo que eles levem essas experiências para onde eles forem”.
Patrícia do Desterro, da equipe do novo centro de visitantes e chefe-substituta da SAE:
“Para mim está sendo uma alegria e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade porque existe uma expectativa muito alta dos extensionistas em atuar na mediação de exposições do Museu. Vejo os olhinhos brilhando desde a entrevista inicial. É uma grande troca estar com eles nesse novo passo, onde teremos a retomada de um espaço nosso para receber as visitas escolares. Com essa experiência eles vão poder trabalhar com uma diversidade de públicos e de temas, favorecendo que lidem o tempo todo com a necessidade de adaptarem suas narrativas a cada nova visita, além de trabalhar com uma equipe formada por estudantes de cursos diferentes dos deles”.
Pedro Rafael, que trabalhou na primeira fase desta formação e é coordenador do PIC Júnior:
“Sempre me alegra muito trabalhar com a diversidade existente no nosso corpo discente da universidade. Perceber que nós dedicamos muito empenho para recepcioná-los nas dependências do Museu ajudou, certamente, que compreendessem o tamanho do carinho e da responsabilidade que teremos com a abertura da exposição. A equipe de educadores da Estação será composta por pessoas de diferentes idades, gêneros, cores e performances. Para mim, como educador, motiva e alimenta, ainda mais, as expectativas para a reabertura do palácio imperial no futuro. Eu aprendo com cada um dos estudantes que dedica um pouco do seu tempo para participar de cada projeto promovido pela SAE. Neste, em particular, como participei ativamente desde o início, pude conhecê-los desde a seleção, o que fez com que me aproximasse das suas histórias, angústias, medos e anseios. Em cada encontro, novas conexões são firmadas, o que só gera bons sentimentos acerca do trabalho que será desenvolvido no nosso Museu de Descobertas”.