Você pode imaginar os cuidados especiais que demandam cada coleção do Museu Nacional/UFRJ, de acordo com as peculiaridades dos setores e departamentos? Eles são muito particulares, por isso o Grupo de Trabalho (GT) em Biossegurança precisa da participação de mais servidores docentes e técnicos.
A biossegurança engloba questões como boas práticas de laboratório, uso correto de EPI nos diferentes espaços do Museu Nacional, além do descarte de resíduos químicos e biológicos diversos, plásticos e vidros. Está sendo proposta a criação de uma Comissão de Biossegurança, com representantes dos departamentos e setores, porque cada um deles necessita de descartes distintos e têm suas configurações específicas. É importante a participação ativa para que se tenha mais qualidade nas informações disponíveis e a Comissão tenha um norte para seguir, sempre baseados nas normas técnicas e legislativas. Sugere-se que sejam dedicadas quatro horas por semana e que os integrantes sejam escolhidos a cada 3 anos.
Essa proposta foi apresentada em congregação e também está no relatório “Resíduos Sólidos & Biossegurança no Museu Nacional/UFRJ“, enviado recentemente para o corpo social. Nele, são apresentados os resultados dos trabalhos realizados durante 6 meses do GT, incluindo alguns links de conteúdos produzidos. O “Manual de Manipulação de Substâncias e Resíduos Sólidos no Museu Nacional” foi redigido a partir das peculiaridades da instituição identificadas em pesquisa, com base em legislação existente e em procedimentos dos hospitais universitários da UFRJ, especialmente. Outra questão importante é o reaproveitamento de produtos químicos. Os laboratórios podem utilizar os que estão prestes a vencer ou demais itens que estejam sobrando e ainda sem destino. Para isso, foi criada uma planilha para facilitar essa comunicação entre todos. Acesse aqui e salve.
Orgulho em fazer parte
“O trabalho do GT permitiu a retomada do debate sobre uma conduta segura e responsável para os trabalhadores. Além disso, cumprindo as metas propostas poderemos minimizar e otimizar o descarte de resíduos produzidos nas nossas atividades, o que beneficia o meio ambiente e a sociedade como um todo”, Camila Messias, servidora técnica de laboratório no Departamento de Invertebrados.
“Com esse GT formado, eu pude aprender uma série de normativas e instruções, além de legislações, procedimentos e protocolos, que eu ainda desconhecia. Agora, tenho como atuar de forma mais eficaz. Me sinto muito orgulhoso de fazer parte e por todo o intercâmbio que ocorre entre os setores. Está sendo super motivador perceber que a gente está com uma luz no fim do túnel para aprimorar a biossegurança do Museu Nacional”, biólogo Eduardo Barros, do Núcleo Preservação Ambiental.
“Estou há quase 20 anos no Museu e, ao longo desse tempo, o grupo que me dá mais satisfação em fazer parte é esse. Dentro da nossa pluralidade, conseguimos olhar bem para o horizonte e projetar o nosso futuro. Sinto muito orgulho de estar trabalhando com essas pessoas que compõem o GT”, químico Leonardo Dangelo, servidor técnico no DGP.
“Nesse GT a gente conseguiu identificar o que estava errado em biossegurança, a partir dos nossos conhecimentos, e começamos a mudar na prática. Isso é super importante para que o Museu possa se sobressair em sustentabilidade, que é uma de suas metas para o futuro”, bióloga Marina Gomes, doutoranda do PPGZoo e técnica de laboratório de Coleções Zoológicas.
“Com meus colegas, estou tendo a oportunidade fantástica de aprender e poder discutir mais sobre biossegurança, que é um assunto muito importante, principalmente para quem trabalha em laboratório. E é também uma forma de acessar os trabalhos de mais pessoas do Museu, tendo uma troca imensa”, arqueólogo Murilo Bastos, técnico-administrativo de Antropologia Biológica do Museu Nacional.
Resumo da história do GT em Biossegurança
Pela dinâmica do Museu, a biossegurança é uma preocupação recorrente de muitas décadas. No passado, os resíduos químicos e biológicos ficavam armazenados na garagem, de forma ainda não uniforme. Há 25 anos eles eram descartados com o Instituto de Química ou com empresas parceiras, de forma ainda artesanal. Mas, há 15 anos, o descarte faz parte das atribuições de Eduardo Barros, e ele começou a aproveitar editais e firmar parcerias com outras unidades para descartar esse material, mas ainda não dava conta da demanda pelo volume constante produzido. Mais fortemente a partir do início de 2018 foi intensificada a segurança do Museu Nacional/UFRJ. Com a participação do químico Leonardo Dangelo, os procedimentos foram aprimorados para o descarte de todos os produtos químicos da instituição. Já com a criação do GT em Biossegurança, anunciado em congregação, novos integrantes passaram a fazer parte e dar suas contribuições de aprimoramento. Além de Eduardo e Leonardo, participam de forma ativa os servidores Camila Messias, Marina Gomes e Murilo Bastos. Outros servidores participaram de maneira mais pontual.
Saiba mais:
- Dúvidas e sugestões: biosseguranca@mn.ufrj.br.