Estamos em reconstrução e esta é a hora de nos reunirmos com nossas diferentes percepções para conquistarmos o Museu que desejamos. Então, a coordenação do Grupo de Trabalho de Acessibilidade convida todo o corpo social para participar de suas reuniões, que têm o intuito de discutir e pensar questões de acessibilidade nos diferentes âmbitos do Museu Nacional/UFRJ e promover a sua implementação. Uma das ações atuais é a construção da Política de Acessibilidade.
Esse GT é coordenado pela Vanessa Lima, chefe do Núcleo de Atendimento ao Público (NAP), e pelo Guilherme Machado, museólogo da Seção de Museologia (SEMU). “Não queremos que a Política seja vista meramente como documento burocrático, previsto em lei, mas algo que as pessoas possam ter para embasar de fato seus diferentes trabalhos e ações cotidianas, de forma mais organizada e coordenada. Desejamos que ela seja construída envolvendo os diferentes âmbitos do Museu, sendo essencial que essa apropriação ocorra pelo corpo social desde já”, destaca Guilherme.
E Vanessa completa: “Suponho que alguns possam pensar que estamos atrasados na construção dessa Política de Acessibilidade, porque eu também estava pensando assim. Mas, ao entrar em contato com outros museus e instituições, vimos que também estão iniciando esse processo de construção, que é tão importante para sermos o Museu Nacional que mais desejamos: acessível para todos. É muito importante que todos nós, no dia a dia, tenhamos um olhar mais sensível e aguçado para o tema da acessibilidade”.
A acessibilidade vai além de questões físicas, mas também abarca aspectos comunicacionais, metodológicos e atitudinais, com o objetivo de ampliar o acesso aos mais diferentes públicos. O tema precisa ser trabalhado para além das estruturas físicas, exposições e atividades educativas, mas também na atitude individual e das equipes nas relações interpessoais, no ensino, na pesquisa, nos acervos e no âmbito digital, por exemplo.
Questionário sobre acessibilidade
Conhecer o público interno é essencial para ajudar na construção do futuro do Museu Nacional. O GT de Acessibilidade aplicou um questionário em dezembro de 2020 para avaliar as experiências e expectativas de nossa comunidade interna no que diz respeito à acessibilidade, de forma a subsidiar a criação do Programa de Acessibilidade do Museu Nacional conforme colocado na elaboração do Plano Museológico da instituição. O objetivo foi entender qual a visão que os membros da instituição possuem sobre acessibilidade e fazer um breve diagnóstico das condições atuais do museu com relação ao tema. Com 100 respondentes, contou com a participação de um público interno diversificado, incluindo estagiários e colaboradores de pesquisas.
Nos resultados, pode-se destacar entre os respondentes: 60% são mulheres cisgênero, 38% são homens cisgênero e 1% é mulher transgênero. Entre os respondentes, 27% possui entre 40 e 49 anos, 25% possui entre 30 e 39 anos, 20% possui de 20 a 29 anos, 14% possui entre 50 e 59 anos, 11% possui entre 60 e 69 anos e 3% possui menos de 20 anos. Esse tipo de informação é importante para o planejamento interno da instituição, por exemplo, pensando nos espaços físicos, atividades desenvolvidas pela instituição, nas relações e condições de trabalho, além de uma série de outros aspectos avaliados no questionário.
Conheça os principais objetivos do GT de Acessibilidade do Museu Nacional/UFRJ:
- Acompanhar a implementação das legislações referentes à acessibilidade com o intuito de promover o tema no Museu Nacional.
- Elaboração da Política de Acessibilidade do Museu Nacional/UFRJ.
- Acompanhamento do Projeto Museu Nacional Vive no que se refere aos projetos dos diferentes espaços do museu: Paço de São Cristóvão, Horto Botânico e Campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional/UFRJ, no que concerne à acessibilidade universal.
- Prestar apoio ao desenvolvimento de projetos e atividades do Museu Nacional.
- Sensibilização do corpo social do Museu Nacional em relação à acessibilidade (docentes, técnicos, discentes e terceirizados).
Como participar desse GT?
O Grupo de Trabalho de Acessibilidade é aberto para servidores técnicos, docentes, estudantes e trabalhadores terceirizados do Museu Nacional/UFRJ. Para participar, basta preencher esse formulário. Neste momento, as reuniões tratam das temáticas para a construção da Política de Acessibilidade, com tudo realizado de forma voluntária, e são realizadas pelo Google Meet, entre 10h e 12h. As próximas estão previstas para as seguintes datas:
Outubro: 14 e 28.
Novembro: 11 e 25.
Você sabia que setembro é o Mês da Inclusão Social da Pessoa com Deficiência?
Também chamado de Setembro Verde, o mês foi escolhido por ser comemorado, em 21 de setembro, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, para assinalar que uma sociedade acessível e inclusiva tem que ser sustentável em todos os aspectos.
Indicação: Curso Acessibilidade em Museus do Ibram
Os coordenadores do GT de Acessibilidade indicam a todos os interessados o curso Acessibilidade em Museus, que é promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O objetivo é oferecer informações básicas sobre como propor, acompanhar e avaliar adequações de acessibilidade universal aos espaços e conteúdos desenvolvidos pelas instituições museológicas. Acesse mais informações e inscreva-se aqui.