A Diretoria que assumiu o Museu Nacional/UFRJ para o quadriênio 2022-2026, com a chapa “Ressurgindo: o Museu Nacional do Século XXI” completou um ano do seu mandato em fevereiro. Não podemos dizer que tem sido fácil. Porém, passados os anos iniciais desta nossa reconstrução, mais parceiros se aproximaram e muitos avanços são visíveis. Para tal, projetos têm sido desenvolvidos em três espaços distintos: o Paço de São Cristóvão, o Horto Botânico e o Campus de Pesquisa e Ensino Museu Nacional/UFRJ.
Entre os diversos pontos a serem destacados positivamente está o prosseguimento dos trabalhos de reconstrução e restauração do Paço de São Cristóvão, que são reunidos no Projeto Museu Nacional Vive (PMNV). Tivemos no dia 02 de setembro do ano que passou a maior entrega desse projeto: a abertura para visitação da fachada histórica do palácio! Também, graças a ação da Prefeitura, tivemos a entrega do Jardim Terraço reformado e belo para o público. E, dentro do palácio, tivemos uma exposição de mineralogia com peças adquiridas pela Vale e doadas por diferentes empresas, além de exposições organizadas pelo Goethe-Institute o PMVN. Os trabalhos de restauração das fachadas continuam e devem ser concluídos no início de 2024. E prosseguem os projetos de arquitetura da parte interna.
Ainda com relação ao Paço, está sendo dada continuidade aos trabalhos de concepção das novas exposições permanentes, com a participação do corpo social do Museu. Várias são as ideias e neste ano teremos uma noção melhor do que poderá ser implementado.
Continuamos com a campanha Recompõe, que, agora, possui um novo site, onde é possível encontrar uma exposição virtual de mineralogia e uma Galeria de Desejos que apresenta peças que o Museu gostaria de ter em seu acervo. Essa é uma estratégia para dar maior dinamismo à obtenção de novos acervos para a instituição.
Muitos de vocês têm dado uma fundamental contribuição nesse particular, com destaque para o Setor de Etnologia e Etnografia (SEE). Sem contar com a nossa “baleia”, que com 15.7 metros foi montada na Cidade das Artes Bibi Ferreira para o aniversário do Museu! Muito em breve queremos que essa baleia esteja sobre a escada monumental do palácio, maravilhando o visitante.
Com relação ao Horto Botânico, foi finalizada a obra física da reforma da Biblioteca Central. Temos, agora, um terceiro andar que vai abrigar temporariamente o Departamento de Antropologia. Também temos salas para reuniões e aulas, bem como um auditório renovado. Faltam alguns elementos como os aparelhos de ar-condicionado e os elevadores que estão sendo equacionados e para os quais já encontramos recursos graças ao PMNV. A rua recebeu novo asfalto pela Prefeitura e estamos trabalhando num projeto para recuperar todo o Horto e abri-lo à visitação pública.
No Campus ainda temos muitos problemas. Apesar de avanços nos módulos emergenciais, após quase cinco anos do incêndio, ainda não conseguimos dar condições para que professores, técnicos e estudantes possam desenvolver os seus trabalhos. Devolver a normalidade acadêmica para a instituição figura como principal prioridade da nova diretoria, como apresentado no evento da posse festiva em 06 de maio de 2022. Não é fácil e são necessários recursos que, felizmente conseguimos obter e pretendemos ainda no primeiro semestre do corrente ano finalizar as obras.
Falando em pontos positivos, o Museu teve participação especial nas comemorações do Bicentenário da Independência. Além da abertura da fachada histórica do palácio e das exposições já mencionadas, houve eventos no Parque da Quinta da Boa Vista que atraíram centenas de pessoas – é o Museu sendo devolvido para o seu público!
Sem contar com a Cápsula do Tempo que foi um evento muito destacado e para o qual queremos registrar um importante agradecimento ao Núcleo de Comunicação e Eventos e à Seção de Assistência ao Ensino (SAE). Cabe registrar que a Retrospectiva do Globo Repórter de 2022 foi feita no Paço de São Cristóvão, fazendo uma alusão ao Brasil em reconstrução e encerrando o programa com uma mensagem positiva para o futuro, relacionando com a nossa Cápsula.
No decorrer do ano passado, tivemos ainda muitos avanços em um dos principais projetos que estamos desenvolvendo: a taxidermia. Em parceria com o Museu de História Natural de Berlim e o Goethe-Institutfoi realizado o Workshop de Taxidermia, com o intuito de aprimorar as técnicas utilizadas para a preparação dos acervos biológicos expositivos. A dedicação da equipe de taxidermistas do Museu Nacional tem sido fundamental para o futuro das nossas exposições. Além disso, a ideia é iniciar as obras do novo prédio da taxidermia no Campus ainda no primeiro semestre. O financiamento do FUNBIO tem sido essencial para este fim.
Agradecemos a todos que fazem parte do PMNV, especialmente à SAMN, incansável na viabilização dos projetos de reconstrução! Igualmente, queremos agradecer a todo o corpo social pelo trabalho desempenhado que nos dá a certeza de que o Museu Nacional está no caminho certo de tornar a nossa instituição não apenas referência na pesquisa (o que nunca deixou de ser), mas, também, um ponto de destaque para a cidade, o estado e o país. Como sempre dizemos, temos a total consciência que o Museu precisa da Sociedade para a sua reconstrução, mas, da mesma forma, sabemos que o Brasil precisa do seu Museu Nacional/UFRJ de volta o quanto antes.
Saudações universitárias,
Alexander Wilhelm Armin Kellner, Andrea Ferreira da Costa, Cristiana Silveira Serejo, Márcia Couri, Ronaldo Fernandes, Wagner William Martins, Juliana Manso Sayão, Carlos Fausto e Renata Stopiglia.